domingo, 28 de junho de 2009

LEIS, JUÍZES E A TERRA DO FAZ DE CONTA.

Guardem bem esta data: 05 de Fevereiro de 2009. Graças a juízes que residem em bolhas palacianas e que compõem a corte mais alta de nossa nação, o STF – Supremo Tribunal Federal, o Brasil passa a ser oficial e completamente a Terra de Ninguém e o País da Bandidagem.

Numa só canetada, os juízes Eros Grau, Celso de Mello, Cezar Peluso, Ricardo Lewandowski, Ayres Britto, Marco Aurélio Mello e Gilmar Mendes decretaram a falência do sistema penal brasileiro e deram carta branca a qualquer criminoso que disponha de recursos mínimos para transformar a vida em nosso país em algo surreal e totalmente além da imaginação.

 

Ao decidirem que um criminoso só pode ser encarcerado após o trâmite em julgado de TODOS os seus recursos, esses nobres juízes liberaram o cometimento de toda sorte de crimes em nosso país oficializando a impunidade e a loucura. Vamos sair às ruas para matar, roubar, estuprar, decapitar nossos desafetos e, ao sermos condenados em primeira instância, balançaremos nossas bundas diante do juiz estúpido e impotente que acha poder nos prender.

RESPEITÁVEL PÚBLICO; BEM-VINDOS AO PAÍS DA BARBÁRIE!

Deverá ser este o grito de guerra entoado por todos os bandidos, meliantes e facínoras que rondam os cidadãos desamparados e a sociedade brasileira agonizante. Bradado aos quatro cantos enquanto se rouba, se saqueia e se mata; num cenário de filme de terror de quinta, num país com juízes de sexta.

Resta apenas, a cada cidadão cumpridor das leis, rogar aos deuses que façam desses juízes as primeiras vítimas dos bandidos que sairão impunes e sorridentes após atacarem suas famílias ou perpetrarem atrocidades com alguém a quem eles amem. Talvez assim, esses senhores sejam apresentados à realidade que se esforçam por negar e parem de imaginar que vivem na Suíça ou na Dinamarca.

Seguir a letra fria da lei e dar desculpas de que "está na constituição", sem imaginar as repercussões sociais, morais e legais de seus atos; contrariando até dispositivos internacionais dos quais o Brasil é signatário (Pacto de São José da Costa Rica, assinado em 1969 por diversos países, além do Brasil, que estabelece o não-impedimento da prisão em casos em que ainda cabe recurso, desde que o decreto de prisão respeite a lei do país) não deveria ser a forma de agir de juízes de tão alta corte. Permitir que criminosos condenados em várias instâncias, mesmo que presos em flagrante ou que qualquer um que tenha cometido um delito aproveite-se da ineficiência e da morosidade do Judiciário para ficarem em liberdade por dezenas de anos, enquanto prolongam seus processos de forma vergonhosa e interminável é uma imoralidade e um erro jurídico sem tamanho. Pelo visto o vergonhoso caso Pimenta Neves pouco incomoda os juízes brasileiros. Enquanto sorri e dança sob o túmulo de sua vítima, o criminoso e réu confesso adia sua condenação com recursos intermináveis e cospe no rosto dos familiares de sua vítima e de toda a sociedade brasileira.

Segundo o magistrado Joaquim Barbosa, criou-se um sistema penal de faz-de-conta.

Essa declaração, além de verdadeira é emblemática porque se decretou que, em nosso país, apenas a vida do criminoso tem valor. Suas vítimas, condenadas a apodrecerem nas covas frias dos cemitérios, às sequelas terríveis ou a vida vegetativa e humilhante são meros idiotas que não merecem qualquer consideração do Estado Brasileiro.

Vivemos em tempos negros onde a justiça nos abandona e a barbárie impera por toda parte. Ao cidadão de bem, caberá apenas buscar o olho-por-olho; já que a lei será inócua. Pelo menos assim, nós poderemos aproveitar essa imensa imbecilidade jurídica para varrer de nossas ruas os criminosos e tornar o sistema favorável a nós. Nos transformaremos em um país sem leis e sem pudores, habitados por matadores e por esquadrões de extermínio, retroagiremos a Idade Média e mesmo o Velho Oeste americano terá sido uma mera piada diante de nós.

Pense nisso… enquanto pode.

Do Visão panoramica

http://www.visaopanoramica.com/2009/02/06/leis-juizes-e-a-terra-do-faz-de-conta/

Dica do Jorge Roriz

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